PF indicia Silvio Almeida por importunação sexual; ONG Me Too Brasil também enfrenta questionamentos metodológicos

A PGR avaliará o caso de Silvio Almeida no inquérito que apura denúncias de importunação sexual, supostamente cometidas enquanto ele ocupava o cargo. O caso, que segue sob sigilo, já teve relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde aguarda análise da Procuradoria-Geral da República (PGR). Almeida nega as acusações.

Ele foi exonerado do governo em setembro de 2024 após vir à tona que denúncias tinham sido encaminhadas à ONG Me Too Brasil, que atua no acolhimento de vítimas de assédio.

Acusações e depoimentos

Entre as denunciantes está a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que relatou episódios de importunação ocorridos em 2023, inclusive durante uma reunião de trabalho. Ela prestou depoimento à PF dentro do inquérito. Esse conteúdo foi veiculado em entrevistas e reportagens de veículos como TV Globo e CNN Brasil.

Questionamentos sobre a Me Too Brasil

Embora a Me Too Brasil seja reconhecida por apoiar vítimas, a ONG passou a ser alvo de questionamentos por processos internos e metodologias adotadas no recebimento e encaminhamento de denúncias, segundo reportagens da CNN Brasil e notas públicas do Ministério dos Direitos Humanos.

As principais críticas levantadas por fontes institucionais e pela imprensa profissional são:

• transparência limitada sobre os critérios de recebimento e triagem de denúncias;
• falta de detalhamento público sobre protocolos adotados na apuração inicial dos relatos;
• conflitos internos, mencionados em apurações da CNN, envolvendo divergências sobre condução de casos de grande repercussão;
• notas do próprio MDHC mencionando que a ONG teria atuado de forma “irregular” em determinados processos administrativos, levantando dúvidas sobre limites institucionais entre sociedade civil e governo.

Nenhuma dessas questões invalida automaticamente as denúncias, mas especialistas em violência de gênero ouvidos pela imprensa destacam que qualquer apuração precisa ser conduzida com rigor institucional, separando:

• A credibilidade das vítimas,
• A condução da ONG,
• O trabalho técnico da polícia e do Ministério Público.

Posicionamento da defesa de Almeida

A defesa afirma que Silvio Almeida é alvo de “construções sem lastro factual” e que confia na investigação oficial conduzida pela PF e supervisionada pelo STF. A defesa também preferiu não comentar detalhes por causa do sigilo judicial.

Próximos passos

A PGR deve analisar o relatório e decidir entre, pedir novas diligências, apresentar denúncia ou arquivar o caso.

Até lá, Silvio Almeida permanece na condição de investigado.

Por: Redação Black News Brasil